segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Efemérides

Em 13 de Julho de 1992, escrevia-se um requerimento destinado a ser entregue no Tribunal de Sintra.

Back in the day, quando o crime de violência doméstica (na altura previsto na lei como "maus tratos") era semi-público e, portanto, passível de desistência de queixa. Hoje em dia, o Estado sobrepõe-se à vontade da "vítima" e não permite que ela ponha fim a um processo judicial se assim o quiser. 

Quem me conhece, sabe bem que sou contra essa "inovação" legislativa e que acho que se devia voltar ao regime anterior. Já o disse a um juiz na cara, inclusive. Ficou sem jeito nenhum, mas viu-se obrigado a concordar comigo. É que há gente que segue à risca a máxima do "quanto mais me bates, mais gosto de ti". Palavra de honra! 

Questionada a "vítima", diariamente ouço que, embora o marido seja muito "agrisivo", ela sente muito amor por ele, pois é o pai dos seus (229) filhos, e que só ele é que ganha para casa pois ela não pode trabalhar porque "é crónica dos nêrves da cabeça" e blá, blá, blá... Daí que queiram "dezitetir da canxa" contra o pobre do homem que, afinal, só lhe dá carinhos, não sabe é demonstrá-lo...

Duvidam? Ora vejam:



5 comentários:

  1. Infelizmente, quanto mais me bates, mais gosto de ti.

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  2. Oh linda, isto é o pão nosso de cada dia.
    Estas mulheres e também alguns homens violentados precisam de muito apoio para se soltarem.

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  3. Mas porque é que as pessoas (homens e mulheres!) se deixam humilhar desta forma? Não sei se é uma questão de apoio... acho que passa um bocado pela falta de auto-estima, também. Ninguém merece sofrer abusos, seja homem, seja mulher! Acho que ambas as pessoas devem ter o mesmo impacto na relação, assumirem-se como iguais, em vez de estar a medir forças... E engane-se quem pense que estou a falar só nos homens agressivos e nas mulheres que se subjugam! Há tanto homem por aí a ser "violentado" pela mulher... e a resposta é sempre a mesma: "eu gosto dela". Meu Deus, as pessoas não compreendem que bater não é um sinal de afecto?!

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  4. (sera um comentario sem acentos, visto que o teclado do pc do escritorio armou-se em estupido!)

    E a necessidade de super-protecçao do legislador. Busca, num frenesim desmedido, acautelar os interesses, que, na verdade, nao sao mais do que particulares. Concordo em tudo contigo. Devia-se voltar ao regime anterior. Acredito, que mais cedo ou mais tarde, acontecera.

    Beijinho,
    AC

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    1. É isso mesmo! São interesses particulares e só ao visado interessam!
      Ainda bem que não sou a única a pensar assim. Já começava a achar que estava maluquinha. :)

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