A propósito da adopção
por homossexuais, acabei de ler este artigo no blog Corta-Fitas que me deixou
perplexa. A sua autora, Maria Teixeira Alves, é jornalista, escritora e
licenciada em Sociologia. Esperava dela, por isso, um bocadinho mais de
inteligência.
Não a vou insultar, porque não tenho esse direito, mas não posso
deixar de manifestar a minha incredulidade perante as suas palavras.
Concorde-se ou não este tipo de adopção (avanço já que sou a favor!), não me
venham é com o argumento de que as crianças estão melhor em instituições porque
"Ali não são violadas, nem mal tratadas. Pelo menos nas instituições não correm o risco de
chegarem a adolescência e serem seduzidos pelos pais.".
Quer dizer então
que um casal homossexual que adopta uma criança pretende mesmo é mais tarde seduzi-la
e abusar dela? Não existem abusos em instituições? Então a Casa-Pia não é uma
instituição? Não existiram abusos fora e dentro dela?
Há cada posta de pescada
arrotada para aí...!
Se tiverem curiosidade de o ler, este é o
artigo.
Para piorar a situação, a mesma senhora, em resposta às críticas que deve ter recebido (não me dei ao trabalho de ler, de tão enjoada que fiquei com esta conversa), publica mais uma coisinha assim:
Publico aqui um comentário deixado no meu blog Farpas que vale a pena lerem para calar estes "moderninhos" que têm a mania que sabem o que é bom para as crianças:
"Finalmente alguém diz a verdade sem medo. Eu vivi numa instituição (aldeia SOS) adorei viver na Instituição, nunca fui adoptado, a instituição era óptima, tinhamos uma mãe lá. Era um verdadeiro colégio. E NÃO QUERIA SER ADOPTADO POR HOMOSSEXUAIS.
Hoje sou casado e tenho uma familia".
Hoje sou casado e tenho uma familia".
Há coisas (opiniões) que eu realmente não consigo atingir!
Eu também li este artigo de opinião e juro-te que fiquei pasma de ainda haver uma pessoa tão longe da realidade de muitas instituições, de muitas famílias (meia hora, apenas meia hora para eu contar-lhe dados sórdidos de alunas minhas, agora institucionalizadas, após terem sido violadas por pais, tios, abusadas por mães, leiloadas em vizinhança -sim, leste bem- usadas em orgias!) ditas "normais".
ResponderEliminarA ignorância é coisa que me deixa mal disposta!
Também pude conhecer a minha quota-parte de casos assim e acredita que disso não tenho saudades nenhumas!
EliminarSe a ignorância (consciente) em si, já é má, quando parte de uma jornalista ainda é pior...!