sábado, 18 de maio de 2013

Há coisas que me ultrapassam!


A propósito da adopção por homossexuais, acabei de ler este artigo no blog Corta-Fitas que me deixou perplexa. A sua autora, Maria Teixeira Alves, é jornalista, escritora e licenciada em Sociologia. Esperava dela, por isso, um bocadinho mais de inteligência. 

Não a vou insultar, porque não tenho esse direito, mas não posso deixar de manifestar a minha incredulidade perante as suas palavras. Concorde-se ou não este tipo de adopção (avanço já que sou a favor!), não me venham é com o argumento de que as crianças estão melhor em instituições porque "Ali não são violadas, nem mal tratadas. Pelo menos nas instituições não correm o risco de chegarem a adolescência e serem seduzidos pelos pais.". 

Quer dizer então que um casal homossexual que adopta uma criança pretende mesmo é mais tarde seduzi-la e abusar dela? Não existem abusos em instituições? Então a Casa-Pia não é uma instituição? Não existiram abusos fora e dentro dela? 

Há cada posta de pescada arrotada para aí...!
Se tiverem curiosidade de o ler, este é o artigo.

Para piorar a situação, a mesma senhora, em resposta às críticas que deve ter recebido (não me dei ao trabalho de ler, de tão enjoada que fiquei com esta conversa), publica mais uma coisinha assim:


Publico aqui um comentário deixado no meu blog Farpas que vale a pena lerem para calar estes "moderninhos" que têm a mania que sabem o que é bom para as crianças:
"Finalmente alguém diz a verdade sem medo. Eu vivi numa instituição (aldeia SOS) adorei viver na Instituição, nunca fui adoptado, a instituição era óptima, tinhamos uma mãe lá. Era um verdadeiro colégio. E NÃO QUERIA SER ADOPTADO POR HOMOSSEXUAIS.
Hoje sou casado e tenho uma familia".


Há coisas (opiniões) que eu realmente não consigo atingir!




2 comentários:

  1. Eu também li este artigo de opinião e juro-te que fiquei pasma de ainda haver uma pessoa tão longe da realidade de muitas instituições, de muitas famílias (meia hora, apenas meia hora para eu contar-lhe dados sórdidos de alunas minhas, agora institucionalizadas, após terem sido violadas por pais, tios, abusadas por mães, leiloadas em vizinhança -sim, leste bem- usadas em orgias!) ditas "normais".

    A ignorância é coisa que me deixa mal disposta!

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    Respostas
    1. Também pude conhecer a minha quota-parte de casos assim e acredita que disso não tenho saudades nenhumas!
      Se a ignorância (consciente) em si, já é má, quando parte de uma jornalista ainda é pior...!

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