terça-feira, 31 de julho de 2012

segunda-feira, 30 de julho de 2012

De mau-humor

Eu. Hoje. Desde cedo e até ao final do dia.
Não queria ter acordado. Não queria ter saído de casa.
Estou naquela altura do mês.
Não tenho o mínimo de paciência para ir dar aulas esta tarde e muito menos dar consultas a seguir.
Hoje há teste e aposto que ninguém sabe nada. Vão pedir para o teste ser de consulta e eu vou dar um berro daqueles que se ouvem na China: "já disse um milhão de vezes que comigo não há cá testes de consulta!!!".
Eu odeio segundas-feiras. A sério. Eu juro. Odeio-as com todo o meu coração!
Eu sei, eu sei... "que post repetitivo, toda a gente diz o mesmo". E depois? O blog é meu e escrevo o que eu quiser. E eu fui a primeira a detestar as segundas-feiras, tenho a certeza! Quem achar o contrário que se atreva a contrariar-me. 
Isto hoje vai correr bem, vai... Ai, que vontade de matar gente...
Fuck 'em all!

Do saber


Mentiroso!
Há, sim, saber menos. Muito menos. 
Tão pouco que até assusta.

Ontem

Esta que vos escreve ontem foi à Festa Branca (juntamente com metade da população de S. Miguel).
Esta que vos escreve saiu de lá às 06h00 e chegou a casa com dores nos pezinhos de Cinderela.
Esta que vos escreve é estúpida ao ponto de ter usado uns sapatitos com um salto de para aí uns 15 cm.
Esta que vos escreve sabia de antemão que teria mais dores se usasse sandálias rasas, por isso tomou a opção estúpida acima mencionada.
Esta que vos escreve roga pragas não aos sapatos, mas ao Campo de S. Francisco, que detesta e para onde não queria ter ido antes de seguir para o Coliseu, mas onde teve que ficar por mais de 2 horas em pé (parada é muito pior que a andar!).
Esta que vos escreve tem cada vez mais aversão às pessoas e detesta o facto de não conseguir ir a um qualquer sítio nesta terra sem encontrar quilos de gente conhecida, pelo que foi um sacrifício ter que cumprimentar cerca de 195250 exemplares.
Esta que vos escreve tem a noção espacial de um portão de quinta e por isso saiu de casa em direcção à festa já com um galo na testa.
É que esta que vos escreve esqueceu-se de desviar a cabeça ao abrir o armário da cozinha...
Esta que vos escreve nunca mais usará a flor branca que ostentou no cabelo e com a qual se pavoneou no México porque ontem à noite 98% dos exemplares do sexo feminino tinha uma espetada na cabeça.


sexta-feira, 27 de julho de 2012

E numa fracção de segundos...

... se assassina a Língua Portuguesa.
Vou fazer o luto agarrada a uma cerveja com charope.
Hoje é um dia triste para mim, tenham paciência.


quinta-feira, 26 de julho de 2012

Hmmmmm...

Isto promete...


Cuff:


·                  Cast-on 36 stitches.
·                  Joining to work in the round, *K2P2* for 20 rounds.
·                  Knit 1 round.
·                  *K2tog, YO, K1* and repeat until end of round. (This forms eyelets for inserting a tie.)
·                  Knit 2 rounds.

Top of foot shaping:


·                  Next round (set up round): K22, M1, turn. (revised 8/5/2009, was "20")
·                  Next row (purl short row): Slip 1 as to purl, P8, M1, turn.
·                  Next row (knit short row): Slip 1 as to purl, K8, M1, turn.
(Note: For mirrored increases, when working M1 on the purl row, insert left needle into bar between prior and next stitch worked from back to front to "make" new stitch; then purl this new stitch. When working M1 on the knit row, insert left needle into bar between prior and next stitch worked from front to back to "make" new stitch; then knit into the back of this new stitch.)


·                  Work these two rows until there are a total of 52 stitches. Do not turn work after the M1 of the final purl row.
·                  Slip next stitch onto right needle, bring yarn to opposite side of work, then return the slipped stitch to the left needle. (This is "wrapping" the stitch.) Now turn work.
·                  Knit to end of round (which will be the back of the bootie).

Sides and bottom of bootie:


·                  Knit one round, knitting wrapped stitch along with its wrap.
·                  Knit seven rounds.
·                  Purl one round.
·                  Knit one round.
·                  *P4, P2tog, P14, P2tog, P4* twice.
·                  *K2tog, K20, K2tog* twice.
·                  *P3, P2tog, P12, P2tog, P3* twice.
·                  *K2tog, K16, K2tog* twice.
·                  *P2, P2tog, P10, P2tog, P2* twice.
·                  *K2tog, K12, K2tog* twice. (28 stitches)
·                  Place first 14 stitches of round on one dpn; place the rest of the stitches on a second dpn. Work a three needle bind-off.

Finishing:


·                  Cut yarn.
·                  Weave in ends.



É a minha cara!

Preto, branco e cinzento, tal como eu gosto.
Bem... dispenso os brincos e substituo pelas minhas inseparáveis pérolas. 
Voilà: o look perfeito para trabalhar!




P.S. - Tenho um bolero à Jackie (Kennedy) Onassis tal e qual. A-do-ro! :) 


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Hot

Na minha casa destila-se.
Sim! Tenho literalmente gotas de suor a cairem-me pela cara abaixo de tão quente que está.
O calor de si já é mau, mas aliado a esta humidade de um raio ainda é pior!
A partir de amanhã, sem falta, vem viver cá para casa uma ventoinha, senão o meu mau-humor vai agravar-se substancialmente. É que assim nem dormir consigo!
Argh!




terça-feira, 24 de julho de 2012

Turma 1 - check!

Dentro de 4 horas termino as aulas com a turma dos "pequeninos"!
Chegou o final do ano lectivo, graças a Deus e a todos os santinhos!
Vão fazer o último teste e depois... adios, muchachos! Até Setembro!
Estava a ver que não...! Chiça!

One down, only one more to go!



P.S. - Falta-me corrigir testes e lançar notas, mas isso é algo que eu faço no sossego do meu lar, sem ter que aturar galinhas aos guinchos e saltinhos!
P.S. 2 - Repararam como terminei cada frase deste post com um ponto de exclamação? É da euforia, caraças! :)

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Porquê?!?!

Porque é que este homem tinha de ser gay? Porquê?
[suspiro]




Shewee

Que é como quem diz: "o xixi dela".
Deus me livre e guarde de alguma vez pensar sequer em usar uma coisa destas!




Por mais chatinha que eu seja com os pormenores inerentes a uma ida à casa de banho, teria de estar muito bêbada para me pôr nessas figuras. Sim, eu sou aquela que não gosta de ir a concertos porque penso sempre que me vai dar vontade de ir ao wc a meio da coisa e, das duas uma: ou não há casas de banho disponíveis (e nesse caso as senhoras têm de recorrer à velha técnica de se acocorarem atrás de um carro) ou as existentes são aquelas azuis, portáteis, todas sujas, a tresandar e de onde saimos sempre com os pés molhados.

Eu só fiz xixi de cócoras na rua em 2 situações: a primeira num festival de Verão (estava "etilizada"...) e a segunda também num recinto festivo, mas porque estava MESMO aflita. E de ambas as vezes os resultados não foram positivos.

Não fui feita para urinar ao ar livre, pronto!


sexta-feira, 20 de julho de 2012

Not in the mood

Tenho que fazer a depilação, pedicure e manicure.
Tudo hoje, porque amanhã vou a um casamento.
Normalmente gosto de brincar às bonecas, mas a esta hora não me apetece.
Se eu podia acordar cedo amanhã? Podia... mas acho que isso não vai acontecer.
Eish! Mulher sofre! :P





Caro João

Estou à tua espera há séculos e nunca mais chegas.
Não gosto quando me deixas plantada. Isso faz-me ficar irritada.
Over and out.





Brains

I wish they could grow in those fucking empty heads during their sleep...


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Sanguessugas

Acabei de ler no Público uma entrevista ao (meu) Professor Marcelo Rebelo de Sousa sobre o Relvas e as manifestações a respeito da sua pseudo-licenciatura e fiquei feliz por saber que não sou só eu a achar que há assuntos mais prementes a ser resolvidos. Dizia o artigo que:

O ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares, anunciou no domingo que os beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) vão passar a ser obrigados a procurar trabalho, fazer formação profissional e desempenhar tarefas úteis à sociedade. Sobre esta medida, Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se a favor, mas também reticente em relação à aplicação prática deste anúncio: “Já é a décima vez que eu ouço isso e acho bem. O que eu me pergunto é porque é que isso ainda não acontece”, afirmou.

A respeito do Rendimento Social de Inserção já muito foi dito sobre a facilidade na sua atribuição e posterior falta de fiscalização. Não me vou alongar muito mais, pois é sobejamente conhecida a minha opinião sobre esse instrumento de ócio. A verdade é que já ouvimos há muito tempo dizer que vai haver um maior controlo, que vão impor contrapartidas... porém continua tudo na mesma. Acho que falam para não ouvirem. É apenas uma estratégia para nos atirar a todos (mais) areia para os olhos.

Quando soube das declarações do ministro, ri-me com gosto. Ah, pois! Agora é que as coisas vão mudar... Vão lá nada! É só mais uma para calar o povo. Tenho diariamente provas de que o sistema não funciona e as entidades responsáveis estão-se nas tintas. Desde os meus alunos dos cursos Reactivar e a sua postura de só estarem ali para não perderem os benefícios sociais (e nós, formadores, "proibidos" de os chumbar), às fulanas que deixam um emprego estável como empregada doméstica, com descontos para a Segurança Social, seguro contra acidentes de trabalho e subsídio de férias e de Natal, tudo como manda a lei, porque a assistente social descobriu que está a trabalhar e por causa disso vai-lhe tirar o rendimento mínimo. Como é que é?! Essa gente prefere estar desempregada e ficar em casa a receber o fruto do trabalho dos outros! Honra? Vergonha na cara? O que é isso? Ainda dizem que não há trabalho. Não há, não... :P

Os apoios e benefícios concedidos de forma descontrolada pelo Estado aos frascos e comprimidos resultam nisto:
A "Maria" foi acolhida numa casa-abrigo porque, alegadamente, sofria de violência doméstica por parte do marido. Aguentou por lá menos de uma semana. Indagada sobre a razão de ter voltado tão rapidamente para casa, respondeu que "para fritar peixe, frito em casa". True story! Passou-se à minha frente. Basicamente, a "Maria" achava que aquilo era um hotel de não sei quantas estrelas com regime de tudo incluído e que ia ficar para lá estendida de papo para o ar. Quando lhe atribuíram tarefas (o que fazem a todas as residentes, numa lógica de divisão do trabalho e de organização doméstica), a senhora recusou-se a desempenhá-las e preferiu regressar ao lar. Porque é melhor apanhar do marido do que trabalhar. Conclusão: o marido não lhe batia e ela era uma porca gorda e preguiçosa.

Tiram a quem trabalha e dão a quem não quer trabalhar. Puta que pariu a esta democracia! 



10

Há exactamente dez anos atrás, por esta hora, estava eu no berçário do hospital a olhar-te embevecida, ainda meio atarantada com tanta emoção, enquanto tu berravas incessantemente e as enfermeiras corriam a preparar-te um biberão, pois chegaras esfomeado.
Foi uma noite cansativa e desesperante, mas o resultado não podia ter sido melhor. Quando te tive nos meus braços pela primeira vez, depois de tanto tempo a desejar-te, fui invadida por um sentimento imediato de posse: "É o meu menino e é lindo!".

Há imenso tempo que eu já pedia à tua mamã que nos arranjasse um bebé para a família. Ela recusava-se terminantemente, pois a tua mana já tinha quase 15 anos e a tua mãe dizia que não tinha paciência e que já nem se lembrava de como se cuidava de uma criança. Esqueci um bocado o assunto porque, entretanto, aos 18 anos, tive que fazer grandes mudanças na minha vida. Fui iniciar a minha aventura em Lisboa (cidade grande, tão diferente e assustadora, longe de tudo e de todos que eu conhecia e amava) e a tua mamã, como tia, madrinha e amiga, foi acompanhar-me em vez dos meus pais, mostrando-me uma vez mais que poderia contar com ela sempre... para tudo. Ajudou-me a instalar, mostrou-me como se organizava e geria uma casa, ficou comigo aquela primeira semana até se iniciarem as aulas da faculdade e dormiu comigo todas as noites, assegurando-me que tudo iria correr bem, que o tempo passaria depressa e que aquele era o caminho correcto para construir o meu futuro. O que não sabíamos é que tu já dormias no meio de nós... 

Foi por telefone que eu soube que vinhas a caminho. Que surpresa! Comecei logo a fazer as contas e tu devias nascer mesmo no final do ano lectivo. Conclusão: impus-me desde logo a obrigatoriedade de passar a todas as cadeiras logo no exame escrito, dispensando assim as orais; caso contrário, teria de ficar em Lisboa até finais de Julho e isso significava não poder estar pertinho de ti quando nascesses. E eu queria ser das primeiras pessoas a ver-te!

Após umas quantas ecografias em que não te deixaste ver por completo, lá por volta do 5º mês de gestação a tua mamã telefonou-me a dar a boa notícia: tal como eu previra (e queria!), era um menino! Lembro-me como se fosse hoje: a minha mãe tinha ido ter comigo a Lisboa durante uns dias e estávamos a jantar no McDonald's do Saldanha. Desatei logo aos gritos e pulos, que se agravaram quando a tua mamã me perguntou: "Queres ser a madrinha deste bebé?". Se eu queria...!
Sei que no dia seguinte fui logo comprar-te uma prenda: o teu primeiro fatinho. Com fundo branco e cheio de patinhos amarelos. O primeiro que vestiste assim que nasceste. Que lindo que ficavas!

De cada vez que vinha a S. Miguel durante aqueles 9 meses, passava horas a conversar com a tua mamã sobre ti: como serias, se nascerias gordinho ou magrinho, louro ou moreno, calminho ou irrequieto... A verdade é que já te tinha completamente idealizado na minha cabeça. Como se te tivesse desenhado e mandado fazer. E o produto não poderia ter chegado mais perfeito e fiel à encomenda.
Quando aterrei em Ponta Delgada, mesmo no final de Junho (eu não disse que ia fazer aquelas cadeiras todas à primeira?! Tinha que regressar depressa a casa, ora pois!), a primeira coisa que vi foi o barrigão da tua mãe e soube que não demorarias muito mais. Pouco mais de 2 semanas, foi o que tivémos de esperar.

Antes do dia D, ainda houve um falso alarme que me levou a ir a correr para o hospital às dez da noite, mas pelos vistos tinhas uns quaisquer unfinished business a tratar e, por isso, não te apetecia sair ainda... Mas o dia tinha que chegar. E lá fui eu novamente chamada por telefone. À noite (eu não digo que és dos meus?!). Fui buscar a tua irmã e seguimos para o hospital, para onde os teus pais já tinham ido. Ficámos na sala de espera do Bloco de Partos enquanto o teu papá entrou para acompanhar a tua mamã e assistir à tua chegada.
Conseguia distinguir os gritos dela por entre todos os outros. Das três parturientes que se encontravam a dar à luz (ou a tentar), a tua mãe foi a última a despachar-se. Percebes agora porque é que ela se queixa sempre de seres muito empatador e demorares tanto tempo a despachar-te? É trauma desde o primeiro dia...
A primeira parturiente calou-se. Teve o seu bebé. A segunda parturiente às tantas também se calou. Suponho que também tenha tido o seu. Mas a tua mãe continuava a gritar, a gritar... E a tua irmã ao meu lado, a chorar, indefesa, ansiosa que que aquilo tudo acabasse depressa. E eu a tentar acalmá-la, dizendo que era mesmo assim, que estava quase...
Às tantas abriu-se a porta e vimos sair o teu pai, as enfermeiras e a tua mãe, deitada na maca. Sorri, pensando que já estava, mas alguma coisa não me parecia bem. A barriga dela ainda estava do mesmo tamanho e não trazia nenhum bebé a seu lado. Passaram por nós e seguiram pelo corredor que levava ao Bloco Operatório. Só me lembro de perguntar o que se passava enquanto os seguíamos e de uma enfermeira me responder: "Calma! Vamos só fazer uma cesariana e está quase tudo pronto. Agora é rápido!". O teu pai quedou-se a meu lado, bem como a tua irmã, ambos muito nervosos e a chorar, enquanto eu tentava manter a calma e rezava silenciosamente para que corresse mesmo tudo bem.

Meia hora depois, sensivelmente, veio uma enfermeira à porta do Bloco Operatório dizer-nos que já tinhas nascido e que tanto tu como a tua mamã estavam bem. O teu pai entrou para ir ter convosco enquanto eu e a tua irmã deveríamos esperar. Mas eu ainda consegui pedir baixinho à enfermeira: "Não pode trazê-lo até aqui à porta só para podermos vê-lo rapidamente?". Ela sorriu e fez-me a vontade. Vieste todo embrulhadinho e ela colocou-te no meu colo ali mesmo. Olhaste-me com os teus olhos azuis enormes e eu senti, logo ali, que estávamos ligados para a vida.

As semanas que se seguiram foram de muito pouco sono e descanso. Tu só querias comer e não esperavas sequer duas horas entre cada biberão. Quase não dormias. A tua mamã estava assoberbada com tanta coisa e lutava contra uma depressão pós-parto. Eu ia ter ao vosso quarto a meio da noite porque estavas a berrar e encontrava-te no colo dela enquanto ela própria chorava por não conseguir lidar com tudo aquilo. Embalei-te, segurei-te enquanto ela te preparava o leitinho. Fiz-te adormecer. Dormi a teu lado. Foste crescendo e a mamã melhorando. E eu tive que regressar à minha vida, longe de ti. Longe fisicamente, mas sempre presente.

Sinto-te como meu filho. O meu primeiro filho. Foram muitos dias e noites passados juntos, sozinhos. Dei-te de comer, dei-te banho, aturei milhentas birras, levei-te a passear, brincámos juntos, dei-te muitos beijos e abraços, estraguei-te com mimos, fiz-te muitas vontades, mas também te ralhei. Fiz-te rir, fizeste-me rir e muitas vezes rimos juntos das outras pessoas. Somos cúmplices, mas também discutimos. Separam-nos 19 anos, mas os feitios são iguaizinhos: a resposta sempre na ponta da língua; o falar pelos cotovelos; o gostar de mandar, mas detestar receber ordens; o mau-humor matinal; a falta de sono à noite e o excesso dele de manhã... Não é à toa que as nossas mães dizem que parecemos mãe e filho.

Hoje celebraste o teu décimo aniversário. Amei-te cada um dos dias nesses dez anos que passaram. Como uma Mãe. Como uma Madrinha. Como a tua Dinha. Dinha: aquele nome que é só teu. Aquele que não suportas que mais alguém utilize para se dirigir a mim. Nem sequer a tua própria irmã, também minha afilhada. Porque te achas especial. E és...
Sei que sou correspondida nesse amor, pois é a mim que recorres quando precisas de ajuda, quando te queres divertir, quando tens dores de barriga ou quando simplesmente precisas de um bocadinho longe dos teus pais. Por mais que agora digas que és pré-adolescente e te esquives aos meus beijos e abraços (eu sei que te sufoco, mas foi assim até hoje e será sempre!), a verdade é que serás eternamente o meu bebé. E sei que adoras os meus mimos, mesmo que tentes parecer adulto e independente. Sei que estás sempre pronto a vir passar o fim-de-semana a minha casa para podermos dormir juntos no sofá; para que eu te possa preparar o pequeno-almoço e fazer-te festinhas enquanto vemos televisão juntos logo de manhã. Para podermos ir passear, rir, cantar, cozinhar juntos, tomar banho juntos, fazer galhofa e desarrumar tudo e acabar o dia comigo a fazer-te massagens até adormeceres, tal como tu gostas.

Espero que a vida te sorria sempre, meu anjo. Que te presenteie com um sorriso tão lindo como o teu! Por mais que te associem a birras, teimosia e mau-feitio (somos iguais, deixa lá as pessoas falarem), a verdade é que és um menino muito doce e carinhoso. Tens um bom coração e és muito inteligente. Serás quem desejares ser. Tens tudo para ser uma pessoa bem-formada, bem-sucedida e, sobretudo, muito feliz. E eu farei essa caminhada contigo. Estarei sempre a teu lado.



segunda-feira, 16 de julho de 2012

O mundo ao contrário

À noite nunca tenho sono.
De manhã nunca quero acordar.
Levantei-me cedo e agora estou para aqui meio pasmada e com uma preguiça que mete dó.
Logo, quando já forem 00h00 e mais do que horas de ir para a cama, vou estar com a pica toda.
Demónio de organismo, este!



domingo, 15 de julho de 2012

Mau...!

Maridão cheirava-me os pés um dia destes (sem motivos ulteriores, juro!) e sai-se com esta:

"Cheira a sapatos novos! Andaste a comprar mais sapatos?!"

Por acaso não tinha andado. Mas ele parece estar a adquirir novas capacidades e isso é perigoso...



sexta-feira, 13 de julho de 2012

Nightmare in Escola Street

Aulinhas a tarde toda.
Com a turma dos "crescidos". Sim, os do teste. Os de ontem.
Deus me ajude!

Depois de uma manhã passada a tratar de assuntos nas Finanças e a corrigir e avaliar anteprojectos de Provas de Aptidão Profissional, do que eu estava mesmo a precisar era de passar umas horinhas fechada com aquela turma... 
Vai haver gritaria novamente. Depois daquilo que li ontem na diagonal... gritos e pancadaria. Que eles estão a precisar é de uns bons carolos naquelas cabeças duras!

Respira fundo, Carlinha. Respira fundo.


quinta-feira, 12 de julho de 2012

É oficial!

Estou a viver um pesadelo!



Nunca na vida vi coisa igual! Juro! E olhem que eu já tenho visto muita merda... 
Nem durante um teste eu consigo não gritar com esta gente. Não dá. Eu passo-me da cabeça com tanta burrice, azelhice, caca de galinha na cabeça ou lá o que diabo é... Ainda acabo na Casa de Saúde.

Como diz o outro: "Ihhhhh, que géne!"
Vou descarregar esta raiva a dizer palavrões enquanto conduzo.

Livros vs filmes

Até que enfim que eu vejo isto escrito em algum lado!
Avé, J.W. Eagan e a sua mente iluminada.




Estou farta de ter conversas do género: "Já leste o livro X?. "Ah, sei qual é. Não, mas vi o filme." Ou então que me façam como é apanágio de Maridão: "Comprei-te a 'Guerra dos Tronos'". "Oh, mas eu queria ver a série!". O livro está lá, na mesinha de cabeceira, há vários meses, com apenas a primeira página lida...

Mas quem é que ainda não percebeu que os livros são sempre 1000000000000000 de vezes melhores do que o raio dos filmes "baseados na obra de"??  Quando vejo um desses, acabo sempre com uma sensação de desconsolo... Faltam partes, aquilo foi mal explicado, não se percebeu como é que se chegou ali... E depois estou sempre a dizer ao Maridão: "Olha, presta atenção a esta parte porque é importante" ou "Mais à frente vais perceber porque é que ele disse aquilo" ou "Ele agiu assim porque há uns anos atrás tinha-se passado tal e tal"... Resumindo e concluindo: estrago-lhe o filme.

Sou viciada em livros, o que é que querem?! É que nos filmes, tu vês. Sabes como são os sítios. Nos livros, imaginas. És transportada para outros lugares, atribuis personalidade às personagens. Não sei explicar melhor do que isto. Adoro livros, pronto!


quarta-feira, 11 de julho de 2012

A normalidade

É sobrevalorizada. E subjectiva.
Nos dias de hoje, o que é que significa ser-se "normal"?
Se for assumir uma postura de "Maria vai com as outras", prefiro ser a maluquinha do costume...

Ora bolas!

Perdi um seguidor. :(
Isto deve querer dizer que este blog está cada vez mais desinteressante...


terça-feira, 10 de julho de 2012

Ahhhhhhhhhhhhh!

Quero que acabe o ano lectivo!!!
As criaturas estão que não se consegue aturá-las, está demasiado calor para ficar 4 horas de seguida fechada numa sala e, no final do dia, parece que andei a falar para o boneco. Estão todos desatentos e a queixarem-se por não estarem na praia; tenho que repetir a matéria 2 ou 3 vezes; tenho que gritar para não se porem a conversar uns com os outros... só me apetece mandar-lhes coisas à cabeça! Eu sei que estão cansados e aborrecidos, mas... meus amigos, é esse o vosso trabalho!
E estou a referir-me à turma dos novinhos, dos "normais". Nem me ponham a falar dos mais velhos... :P




segunda-feira, 9 de julho de 2012

Um fim-de-semana produtivo

A nível de descanso, claro está!
Que isto de final de ano lectivo está a dar comigo em doidinha...
Eu tinha (e ainda tenho) testes para corrigir, aulas para preparar, anteprojectos de Provas de Aptidão Profissional para avaliar e novos testes para elaborar. Para não falar do sem número de acções de divórcio que tenho para intentar e uns quantos processos com minhoquices para tratar.
Não fiz um cu.
E que bem que me soube.

Passei o sábado INTEIRINHO na cama. Acordei tarde (na sexta-feira cheguei a casa do trabalho já eram 00h00, caramba!), deixe-me ficar no bem-bom, com o portátil no colo, a ver/fazer coisas de que gosto, a cuscar com CoriscaRuim, com maridão a dormir a (longa) sesta a meu lado. Tomei o pequeno-almoço/almoço deitadinha, que nem romana. Oh, vida boa! Só me(nos) levantei(levantámos) da cama às 23h00, quando decidimos que era melhor jantarmos... Se eu cozinhei? Nop... o McDonald's serve é para essas situações. :P

Eu bem que tinha feito planos para ir ontem à a praia, mas qual "Lei de Murphy", já devia ter imaginado que hoje é que ia fazer bom tempo. Fomos, então, andar de barco com mano e cunhadinha, prima M. e "namorido". E que aventura! Fizemos tubing  e eu pude aliviar os pulmões. Gritei que nem uma perdida. Estávamos ao largo da Praia das Milícias e aposto que os banhistas puderam deliciar-se com o som maravilhoso dos meus guinchos. E as gargalhadas que dei? Ver a cara dos outros quando são eles que estão no mar aos pulos é impagável! :) 

(foto retirada da internet)

No fim do dia, estafados, juntámo-nos todos lá em casa a comer umas belas pizzas enquanto nos ríamos a ver as fotos que tirámos à tarde. Cada careta, meu Deus! :D
Resumindo e concluindo, foi um fim-de-semana recheadinho de coisas boas. O pior veio esta manhã, quando abri os olhos e me apercebi de que era segunda-feira. E do trabalho que tenho pela frente... :(


sábado, 7 de julho de 2012

Não é advogado...

... nem possui uma licenciatura. Nem das verdadeiras, nem das falsas.
Mas o facto é que parece perceber mais de leis do que os membros do Governo todos juntos.

Jerónimo de Sousa, como comunista que se preze, podia ter ido pelo caminho do argumento da igualdade (esse ex-libris dos ideais partidários comunas). Mas não. Como homem de tarelo que até parece ser (não obstante as figurinhas que às vezes faz), cingiu-se à questão fundamental pela qual peca o raio do acórdão do Tribunal Constitucional: a sua produção de efeitos no tempo.


Ora leiam:

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, reclama a reposição dos subsídios “aos trabalhadores do sector público, aos reformados e aos pensionistas” e considera que o Tribunal Constitucional não pode “suspender a Constituição, mantendo a inconstitucionalidade em 2012, sustentado em considerações políticas, dando prevalência à lei do orçamento sobre a lei fundamental”. Para o líder comunista, o Governo deve, por isso, apresentar um novo Orçamento Rectificativo este ano. E argumenta: “O Orçamento pode ser rectificado, a Constituição da República, a lei fundamental, é que não”.

Efectivamente, a Constituição da República Portuguesa dispõe, no n.º 1 do art. 282º que "a declaração de inconstitucionalidade ou de ilegalidade com força obrigatória geral produz efeitos desde a entrada em vigor da norma declarada inconstitucional ou ilegal e determina a repristinação das normas que ela, eventualmente, haja revogado."
Nas palavras de gente normal, se o TC declarou que aquelas normas são ilegais, essa declaração vai produzir efeitos para trás, ou seja, desde a data em que as malditas entraram em vigor. E vai repôr as normas que estavam em vigor antes daquelas. Acho que isto é bem claro...

Estou em crer que os juízes conselheiros optaram por fazer uso da faculdade que lhes é atribuída pelo n.º 4 daquele mesmo artigo, mas não consigo concordar com eles. Diz o art. 282º, n.º 4 da CRP que, "quando a segurança jurídica, razões de equidade ou interesse público de excepcional relevo, que deverá ser fundamentado, o exigirem, poderá o Tribunal Constitucional fixar os efeitos da inconstitucionalidade ou da ilegalidade com alcance mais restrito do que o previsto nos n.º 1 e 2". 
Basicamente, aquilo que o TC disse a propósito de o Orçamento de Estado já estar em fase avançada de execução não era fundamento que se apresentasse. Quando muito, alegassem razões de "interesse público de excepcional relevo", como é o caso da liquidação da dívida pública...

Bom, bom, era se tivessem feito como sugere o Sr. Jerónimo: rectificavam o OE. Mas isso dava muito trabalho.

São todos uns asnos, é o que é!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Ideias idiotas

Ai, Governo, Governo...
As maroscas que vocês arranjam para tentar dar a volta à lei e instalar o pânico.
As ilações que vocês tiraram não são as que se extraem daquilo que foi escrito pelo Tribunal Constitucional, suas antas!



O Tribunal Constitucional (TC) declarou a inconstitucionalidade dos cortes, por violar o “princípio da igualdade”, mas determina que “os efeitos desta declaração” não se aplicam à suspensão deste ano.

Questionado por jornalistas à entrada para um musical, em Lisboa, Pedro Passos Coelho afirmou que Governo vai apresentar o próximo Orçamento do Estado, para 2013, de acordo com a decisão do TC.

O tribunal “aceita que não haja direitos adquiridos, no sentido em que nos períodos de grande dificuldade os funcionários públicos e os pensionistas possam ter de fazer sacrifício adicional, mas entende que esses sacrifícios não podem ficar confinados aos funcionários públicos e pensionistas e, portanto, deveriam ser estendidos, numa medida equivalente, aos outros cidadãos”, disse.

O TC diz que, se fosse já em 2012 revertida a suspensão dos subsídios, tal poderia pôr em risco a meta do défice acordada no Memorando de Entendimento, pelo facto de a execução orçamental se encontrar “em curso avançado”.

O TC refere que, apesar de a Constituição “não poder ficar alheia à realidade económica e financeira, sobretudo em situações de graves dificuldades, ela possui uma específica autonomia normativa que impede que os objectivos económico-financeiros prevaleçam, sem qualquer limites, sobre parâmetros como o da igualdade, que a Constituição defende e deve fazer cumprir”.

O Orçamento do Estado de 2012 prevê que, durante a vigência do programa da troika (até 2014), é suspenso o pagamento dos subsídios aos funcionários públicos e pensionistas com salário bruto superior a 1100 euros. Entre 600 e 1100 euros, têm um corte progressiva. Quem recebe até 600 fica a salvo da medida.

No acórdão, o Tribunal Constitucional sustenta que a medida “se traduzia numa imposição de um sacrifício adicional que não tinha equivalente para a generalidade dos outros cidadãos que auferem rendimentos provenientes de outras fontes”.

Por essa razão, concluiu, por maioria, que existiria uma diferença de tratamento “de tal modo acentuada e significativa que as razões de eficácia na prossecução do objectivo de redução do défice público que fundamentavam tal opção não tinham uma valia suficiente para a justificar”. E sublinha que “a dimensão da desigualdade de tratamento que resultava das normas sob fiscalização, ao revelar-se manifestamente desproporcionada perante as razões que a fundamentavam, se traduzia numa violação do princípio da igualdade”.

Passos Coelho garantiu, em declarações que a SIC Notícias cita, que o Governo “não deixará no contexto da preparação do Orçamento de Estado para 2013 de estudar essa questão e de apresentar uma nova medida que substitua essa”.

“Teremos de encontrar uma medida que seja em termos orçamentais equivalente a esta e não pode deixar de respeitar esta orientação, de ser alargada a outros portugueses, que não sejam apenas funcionários públicos e pensionistas”. E questionado sobre se a suspensão poderá ser estendida aos privados, afirmou: “Não pode deixar de ser assim, nos termos da decisão” do tribunal. Mas acrescentou: “Não vou em cima do joelho dizer a medida que vai ser adoptada”.

O requerimento que pediu a fiscalização do Orçamento é assinado por 25 deputados, 17 dos quais do PS (Alberto Costa, Vitalino Canas, Isabel Moreira, José Lello, Fernando Serrasqueiro, André Figueiredo, Renato Sampaio, Isabel Santos, Ana Paula Vitorino, Glória Araújo, Idália Serrão, Paulo Campos, Maria Antónia Almeida Santos, Rui Santos, Sérgio Sousa Pinto, Eduardo Cabrita e Pedro Delgado Alves) e oito do Bloco de Esquerda (Francisco Louçã, João Semedo, Pedro Filipe Soares, Cecília Honório, Mariana Aiveca, Luís Fazenda, Catarina Martins e Ana Drago).

Os sindicatos já reagiram à decisão do tribunal. José Abraão, dirigente da Frente Sindical para a Administração Pública, aplaude e diz que o Governo se antecipou a tomar esta medida. 

Bettencourt Picanço, presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) considera que se trata de uma “meia boa notícia”, dado que não tem efeitos em 2012. “Os trabalhadores da função pública terão os seus subsídios de férias e de Natal em 2013 e não quando o Governo tinha projectado, se é que tinha projectado alguma coisa”, afirmou ao PÚBLICO.




Esclarecimento

No post anterior, em resposta aos comentários deixados, indiquei um link como sendo o acórdão do Tribunal Constitucional que declara a inconstitucionalidade das normas que fixaram a suspensão dos pagamentos dos subsídios de férias e de Natal.
Na verdade, aquele link dizia respeito não ao dito acórdão, mas sim ao comunicado do TC, o qual passo a transcrever na íntegra:



Acórdão n.º 353/12 

Processo n.º 40/12 

Relator: Conselheiro João Cura Mariano 



Na sessão plenária de 5 de Julho, o Tribunal Constitucional aprovou o Acórdão nº 353/12 que julgou o pedido de declaração de inconstitucionalidade das normas constantes dos artigos 21.º e 25.º da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro (Lei do Orçamento de Estado para 2012).



Pelas referidas normas foi suspenso o pagamento dos subsídios de férias e de Natal, ou de quaisquer prestações correspondentes aos 13.º e, ou, 14.º meses, quer para pessoas que auferem remunerações salariais de entidades públicas, quer para pessoas que auferem pensões de reforma ou aposentação através do sistema público de segurança social, durante os anos de 2012, 2013 e 2014. 



O Tribunal verificou que esta medida se traduzia numa imposição de um sacrifício adicional que não tinha equivalente para a generalidade dos outros cidadãos que auferem rendimentos provenientes de outras fontes, tendo concluído que a diferença de tratamento era de tal modo acentuada e significativa que as razões de eficácia na prossecução do objectivo de redução do défice público que fundamentavam tal opção não tinham uma valia suficiente para a justificar. 



Por isso entendeu que esse diferente tratamento a quem aufere remunerações e pensões por verbas públicas ultrapassava os limites da proibição do excesso em termos de igualdade proporcional. 



Apesar da Constituição não poder ficar alheia à realidade económica e financeira, sobretudo em situações de graves dificuldades, ela possui uma específica autonomia normativa que impede que os objectivos económico-financeiros prevaleçam, sem qualquer limites, sobre parâmetros como o da igualdade, que a Constituição defende e deve fazer cumprir. 



Por estas razões, o Tribunal concluiu que a dimensão da desigualdade de tratamento que resultava das normas sob fiscalização, ao revelar-se manifestamente desproporcionada perante as razões que a fundamentavam, se traduzia numa violação do princípio da igualdade, consagrado no artigo 13.º, da Constituição, pelo que declarou inconstitucionais as normas constantes dos artigos 21.º e 25.º, da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro (Lei do Orçamento de Estado para 2012). 



Atendendo a que a execução orçamental de 2012 já se encontra em curso avançado, o Tribunal reconheceu que as consequências desta declaração de inconstitucionalidade, poderiam colocar em risco o cumprimento da meta do défice público imposta nos memorandos que condicionam a concretização dos empréstimos faseados acordados com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional, pelo que restringiu os efeitos da declaração de inconstitucionalidade, nos termos permitidos pelo artigo 282.º, n.º 4, da Constituição, não os aplicando à suspensão do pagamento dos subsídios de férias e de Natal, ou quaisquer prestações correspondentes aos 13.º e, ou, 14.º meses, relativos ao ano de 2012. 



A decisão foi tomada por maioria. Votaram a declaração de inconstitucionalidade o Conselheiro relator, João Cura Mariano, e os Conselheiros Ana Guerra Martins, Catarina Sarmento e Castro, Joaquim Sousa Ribeiro, Carlos Pamplona de Oliveira, José Cunha Barbosa, Maria João Antunes, Carlos Fernandes Cadilha e o Conselheiro Vice-Presidente, Gil Galvão; votaram vencidos os Conselheiros Vitor Gomes, Maria Lúcia Amaral e o Conselheiro Presidente, Rui Manuel Moura Ramos. Votaram a restrição de efeitos desta declaração o Conselheiro relator, João Cura Mariano, e os Conselheiros Ana Guerra Martins, Joaquim Sousa Ribeiro, Vitor Gomes, Maria Lúcia Amaral, Maria João Antunes, Carlos Fernandes Cadilha, o Conselheiro Vice-Presidente Gil Galvão e o Conselheiro Presidente Rui Manuel Moura Ramos; ficaram vencidos quanto a este ponto os Conselheiros Catarina Sarmento e Castro, Carlos Pamplona de Oliveira e José Cunha Barbosa.



Como já tive oportunidade de dizer anteriormente, o TC não refere em lado nenhum que, por respeito ao princípio da igualdade, tal "sacrifício" passará a ser imposto também aos trabalhadores do sector privado. Lendo as notícias sobre o assunto, é o nosso Primeiro (ou o seu Governo) que está(ão) a pensar tomar essa decisão, numa tentativa de deturpar as palavras do TC. É uma interpretação extensiva daquilo que dispõe o (para eles) malfadado acórdão. Extensiva e errada. Penso que o nosso Governo devia munir-se de melhores juristas em vez de "licenciados" em Ciência Política... É que quem não percebe de leis, não pode governar uma país. Não quero com isso dizer que só um licenciado tem competências para ser membro do Governo. Acho apenas que já chega de "pseudo-licenciados". E se algum dia chegar ao poder alguém sem um curso superior (verdadeiro ou falso), espero que se lhe dê o devido valor, pois o exemplo está à vista: um diploma não quer dizer nada...! Com ou sem licenciatura, mestrado, doutoramento (oh, país de títulos, este!), o que espero mesmo é que essa pessoa se faça acompanhar sempre de bons juristas. Porque lá está: a lei... sempre a lei...


Para quem quiser esclarecer dúvidas remanescentes, agora sim, deixo-vos o acórdão:





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