domingo, 9 de junho de 2013

Odeio pessoas.

Algumas, vá! 
Duas em particular.
Sei que "ódio" é uma palavra muito forte e corrói as entranhas de quem o sente, mas eu sou assim mesmo. Corroída, pronto.
Não lhes desejo mal (quer dizer...), nem tenho sede de vingança, mas dá-me um gostinho especial passar por elas, fingir não as conhecer e agraçar o resto do mundo com um sorriso, pensando: "Quiseste destruir-me, mas não conseguiste! Um FODA-SE p'ra ti!".
Nem quero saber se são felizes ou se vivem melhor do que eu. Não quero saber nada dessas pessoas, só isso. Apenas esquecer que um dia fizeram parte da minha vida.

Hoje vi esta imagem no Facebook e relata na perfeição o que sinto:


Para quem não conhece a frase idiomática "to burn bridges", significa "quebrar laços". No caso em questão, não tenho MESMO pena nenhuma de ter quebrado os laços e perdido o contacto com essas pessoas (que até vejo com alguma frequência). Tenho é pena de não ter quebrado também as pessoas. Ou, em relação às pontes, tê-las queimado enquanto essas pessoas ainda estavam em cima delas. :P 

Descobri hoje, também por acaso, que há uma condição médica chamada prosopagnosia, que se trata, resumidamente e em termos leigos, na incapacidade de reconhecer determinadas pessoas.

Confesso que me daria algum jeito. Sempre evitava o revolver de tripas e o ranger se dentes que se me acomete quando me cruzo com as ditas criaturas.

Há-de passar. Um dia.
Até lá, sempre posso dizer que, entre outros ódiozinhos de estimação, tenho estes dois mais especiais. :P


3 comentários:

  1. O ódio é um sentimento que corrói, sim. Também o rancor o faz. Por muito que queiramos, irá alterar a nossa personalidade, a nossa forma de estar. É preciso nunca esquecer que, apesar do que nos tenham feito, é a capacidade de lidarmos com "essas" pessoas, a capacidade de mantermos sempre a nossa conduta moralmente inabalável que nos pode distinguir delas... Não devemos deixar conduzir a nossa forma de pensar e deixar-lhes controlar como nos sentimos... E isto não implica que nos dêmos com essas pessoas. Simplesmente, devemos eliminá-las da nossa vida, mas não a sua existência ou sequer desejar, mesmo por hipótese, que esta seja eliminada. Reconhecer que também essas pessoas têm direito à sua própria existência, sem nunca desejar sequer por hipótese a sua eliminação absoluta, é um sinal da nossa superioridade. Mas devem ser eliminadas, ou melhor, excluídas da nossa vida. Esta exclusão não deve ser o resultado directo ou consequência directa do que elas fizeram, mas o resultado indirecto por tais condutas traduzirem traços da sua personalidade que ajuizamos e chegamos à conclusão que a pessoa não merece a nossa convivência, esforço e dedicação, entre muitas outras qualidades nossas. Essas pessoas devem ser, para nós, matéria inerte, inócua, um aglomerado de átomos sem sentido.
    Mas repito, não devemos seguir-nos por imperativos de vingança, ódio e rancor, porque se no nosso dia-a-dia, enquanto não fomos afectados pela conduta dessas pessoas, não admitíamos nem nos guiávamos por esses princípios, muito menos devemos deixar que sejam essas pessoas e as suas condutas, a manipular-nos nesse sentido. É aí que reside a essência da nossa superioridade, na nossa capacidade de abstracção.
    É essa superioridade em relação a elas, é essa a distinção que nos deve caracterizar. Essas pessoas que fizeram algo de errado que nos tenha magoado, viverão com esses actos e com a sua personalidade medíocre para o resto da vida. Simplesmente, nós já não queremos presenciar tais actos nem muito menos ser afectados por eles.
    E, no final, ao concluirmos pela nossa superioridade, não só no campo moral como nos restantes campos, sentimos um grande conforto psicológico que nos permite até cumprimentar essa pessoa. Mais que isso, pela nossa forma de ser, princípios e valores, não só não nos é exigível como é, para nós, impensável.

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  2. Bom... mais resumidamente, as pessoas a mais são o resultado de más avaliações, quando as fizemos entrar na nossa existência. É uma questão de momentos. Burn'em down!

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  3. Olha, somos tão Nikitas, pá!
    Posso enviar este post em carta para a minha ex-boss? (muahahahahahahaah. Adoro a parte da "ex". Parva!)

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