Magistrado alega que as "actas não são uma forma do verbo atar" e que "os cágados continuam a ser animais e não algo malcheiroso".
"O juiz Rui Teixeira, que conduziu a instrução do processo 'Casa Pia' e que agora está colocado no Tribunal de Torres Vedras, não quer os pareceres técnicos sociais com o novo Acordo Ortográfico", revela o Correio da Manhã na edição de hoje.
O magistrado enviou uma nota à Direção Geral de Reinserção Social (DGRS) em abril onde se podia ler, que esta "'fica advertida que deverá apresentar as peças em Língua Portuguesa e sem erros ortográficos decorrentes da aplicação da Resolução do Conselho de Ministros 8/2011 (...) a qual apenas vincula o Governo e não os tribunais'".
Ainda segundo o Correio da Manhã, a DGRS pediu um esclarecimento ao juiz, tendo este respondido que a "'Língua Portuguesa não é resultante de um tal «acordo ortográfico» que o Governo quis impor aos seus serviços', diz o juiz, acrescentando que 'nos tribunais, pelo menos neste, os factos não são fatos, as actas não são uma forma do verbo atar, os cágados continuam a ser animais e não algo malcheiroso e a Língua Portuguesa permanece inalterada até ordem em contrário'", escreve o Correio da Manhã.
in Diário de Notícias, edição online de 26 de Maio de 2013
Há quanto tempo vos venho dizendo para não ligarem a esta merda de acordo? Que, legalmente, não existe nada que nos obrigue a segui-lo, pois o que existe é uma resolução do Governo e, hierarquicamente, esta está muito abaixo de uma lei ou um decreto-lei? Que essa resolução vincula apenas o governo, determinando a obrigatoriedade de todos os actos oficiais serem redigidos ao abrigo do AO? Que os tribunais já tinham manifestado a sua não adesão ao acordo por construírem um órgão distinto e independente do governo?
Além do mais, que validade pode ter um acordo que o Brasil nem sequer assinou?!
Eu ainda vou ganhar esta guerra, vão ver!
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