domingo, 14 de abril de 2013

Então basicamente é assim...

Aqui a je, que é avessa a mudanças, há 6 meses fez um makeover total na vida.

Comecei por deixar o escritório onde estagiei e já trabalhava há 6 anos. Deixei de dar formação. Deixei de ir representar clientes ao tribunal. Tudo para ficar a tempo inteiro na empresa onde já dava apoio jurídico. Para ter uma vida normal. Um emprego normal. Um horário normal. E um ordenado fixo.
Agora sou mais uma daquelas (infelizes?) pessoas que trabalha das 09h00 às 18h00 (só que no meu caso, as 18h00 são meramente indicativas...). A princípio soube bem começar e acabar o dia num sítio só. Agora tenho dias em que me sinto "presa". Mas disso eu já estava à espera. É o preço a pagar por levar uma vida mais calma, com menos sobressaltos e ansiedade.

O médico dos maluquinhos, por sua vez, já me andava a irritar com a teimosia em manter-me sob determinada medicação durante, pelo menos, dois anos. Eu bati o pé e disse que tomava durante um ano, apenas. Ainda assim, na última consulta, continuou com aquele discurso do "vamos esperar mais um bocadinho...". E eu estou aqui para o aturar, se calhar...! Consultas de 3 em 3 meses, flutuações nas dosagens dos mesmos fármacos, a mesma conversa do "esperar", o tempo a passar, eu a gastar dinheiro, sem ver melhorias nenhumas, sempre com altos e baixos e grandes crises. Puta que o pariu!

Em Fevereiro arranjei, da noite para o dia, o contacto de outra médica e, sem "ai", nem "ui", mandei o outro à fava. Nunca mais ouviu falar de mim. Uma hora e meia de consulta. Carlinha falou, falou, falou... fez o seu próprio diagnóstico e por fim calou-se, esperando ouvir da médica: "és completamente marada dos cornos". A gaja (que é das minhas, despachada) perguntou-me apenas o que é eu esperava ouvir dela naquela consulta. Perante a minha resposta, confirmou-me que eu estava mais do que consciente dos meus problemas/"deficiências", e acrescentou que, como mulher, compreendia a minha pressa no tratamento. Resultado: nada de métodos old school como o outro velhadas. Aqui, a coisa é: dose de cavalo, 6 meses. Fim da medicação no Verão. Férias. Fabrico de puto. Destino quente, muita praia e sexo. Regresso grávida. Conselho médico, juro!

Tenho estado bem. Muito bem (figas!). O único senão é a fome constante. Farto-me de comer. E tenho um desejo por porcarias que só Deus sabe. Bolachas, bolos, chocolates, gelados... Eu só quero doces! Estou sempre com desejos. Resultado: engordei que só visto. Tenho 57 kg! Eu! 57 kg para 1,55 m de altura! Toda a vida lutei para atingir os 50 kg e nunca passava dos 45/46 kg. Fazei as contas: no dia em que me casei, pesava 43 kg (estava um esqueleto ambulante, portanto). Agora, com 57 kg, não ando: rebolo.

E toda a gente a insistir que estou grávida. E eu a bater o pé que não. Que a fome é da medicação. E eles a baterem na mesma tecla: que são desejos de gravidez, que a minha barriga não é de gorda, que está dura e não flácida, que estou toda redonda... Xiça! Sabem que mais?! Cagai-vos a todos. Antes era: "Estás tão magra, rapariga! Tu come! Pareces anoréctica! Qualquer dia desapareces...". Já engordei, pronto. Satisfeitos? Não... Ide à merda, então.

Estou gorda, sinto-me pesada e lenta. Mas estou bem. Começo finalmente a ficar bem. E é só isso que me interessa por agora. Porque o meu problema é genético e, mais cedo ou mais tarde, pode voltar. Ou não. Até lá... vivo a minha nova vida ao máximo, pensando que a cura será para sempre. Se não for, cá estaremos para lutar outra vez. Que eu agora sou mais forte (literalmente)... ;) 







5 comentários:

  1. Eu gosto é de médicas assim (já te tinha dito para mudares da old school)!
    Quanto ao resto, pratica muito, mulher, que a prática faz a perfeição!
    E diverte-te! Na diversão de tudo é que está o segredo ;)

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  2. Espero que corra tudo bem! Sei o que é sentir-se assim! Bjs

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  3. Força! Sempre em frente!

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