- «A origem da expressão Jobs for the Boys aponta para o sistema de ensino clássico britânico, onde alunos ("boys") provenientes das mesmas escolas que os seus empregadores são preferidos para desempenharem determinadas funções ("jobs"). Na verdade, o significado dado à expressão é bastante mais vasto e representa o favoritismo dado a parentes, amigos ou outros grupos com características comuns, muitas vezes na escolha para um trabalho mas também em qualquer outra situação onde existe favorecimento de uns em detrimento de outros. Em Portugal, a expressão vulgarizou-se por razões de preferências políticas.»
- "No jobs for the boys", foi a famosa tirada de António Guterres na primeira reunião da direcção do PS depois da vitória nas legislativas de 1995. O aviso tinha o objectivo de acalmar o apetite do aparelho socialista, afastado há dez anos do poder. No entanto, os números mostram que os boys não só têm um apetite insaciável, como sempre tiveram jobs. Os períodos imediatamente antes e depois de todas as eleições legislativas entre 1980 e 2008 foram aqueles em que as empresas públicas mais trabalhadores contrataram. "É evidente que são casos de compadrio ou nepotismo."»
- «A expressão "jobs for the boys" começou a ser usada em Portugal em 1995. Antes de formar o seu primeiro Governo, António Guterres avisou os militantes socialistas que não iria distribuir lugares pelo partido, dizendo-lhes com graça: "No jobs for the boys". (...) São polémicas em geral mesquinhas, onde se fala muito do dinheiro que as pessoas vão receber – e se entra no questionamento do mérito pessoal dos que são ‘premiados’ com lugares que outros ambicionariam. Discutem-se as qualidades das pessoas em termos muito desagradáveis – porque se sugere que elas não tinham categoria para ocupar os lugares para que foram nomeadas. (...) Como dizia Salazar, "em política, o que parece, é". Há muitos portugueses que caíram no desemprego, que viram os rendimentos baixar, que não têm perspectivas – e toda esta gente desesperada é uma bomba-relógio: pode bastar acender o rastilho para ela estoirar. Ora, o facto de se repetir a afirmação de que há indivíduos sem competência para os lugares que ocupam e que só foram nomeados para pagar favores partidários, gera enorme indignação. As pessoas dizem: então os mesmos que me pedem sacrifícios a mim distribuem bons lugares pelos amigos? (...) Em tempo de vacas magras, as injustiças, as situações de favorecimento, as desigualdades de tratamento são um campo aberto a todos os populismos que se dedicam a explorar o desespero e a inveja (tipo: tu não recebes os subsídios mas os do Banco de Portugal recebem). As pessoas estão insatisfeitas, e qualquer pretexto lhes pode fazer ‘saltar a tampa’. (...) O ditado "Ou há moral ou comem todos" nunca teve tanta razão de ser como nos tempos que correm.»
(by José António Saraiva in http://sol.sapo.pt)
Disseste tudo...
ResponderEliminarEnfim, vai começar o rodopio, tira daqui, põe ali, abre concurso, fecha concurso, palmadinha nas costas, etc.
Beijinho,
AC
Vou-te responder com novo post, pode ser? ;)
EliminarJá a sair...
Beijinhos
E as meninas laranjinha acham que isso só acontece com os rosa?! Tssss
ResponderEliminarClaudiamar
Claro que não! Mas acontece em maior número, temos que convir... ;)
EliminarBeijocas aos teus príncipes.
Tem dados que comprovem que acontece em maior número?
ResponderEliminarÉ a cor partidária a falar, é o k é...
POde bajular à vontade as suas políticas de direita com todos os argumentos que conseguir arranjar contra os ideiais socialistas, desde os jobs aos rendimentos mínimos que nunca vai conseguir ultrapassar uma verdade incontornável: os países mais ricos e com melhor índice de desenvolvimento humano são os que têm políticas marcada e maioritariamente socialistas. Estudos comprovam-no e isto aqui é que interessa. O resto são tangas que se escrevem em blogs, jornais e se falam nas Tvs para o povinho engolir e continuar a ser enganado.
quanto mais tarde perceber isso, mais tarde melhorará a sua vida e a sociedade em que vive. E é por essa razão (essa falta de consciência, ou desconhecimento de outra realidade e de outro caminho a seguir) que Portugal continua a ser a miséria que é. É que nem tenha a menor dúvida.
Mas cada um tem a sua opinião, respeita-se. Mas os factos estão aqui....
Caro Jorge Nunes,
EliminarNão preciso bajular as políticas de direita, nem as de esquerda.
Na verdade, embora seja verdade que me identifico mais com os ideais de direita, poderá constatar pela leitura do post posterior a este, que não ponho de parte a hipótese de um dia votar cor-de-rosa, pelos argumentos que naquele texto aduzi.
As tais tangas que diz serem escritas, por exemplo, em blogs, só as lê quem quer. O texto que escrevi foi um artigo de opinião, sem quaisquer pretensões de fazer quem quer que seja engolir alguma coisa, pelo que tenho que discordar consigo quando diz que a minha vida só melhorará quando eu perceber isso.
Felizmente, não me posso queixar da minha vida. O mesmo não se pode dizer de muitos outros portugueses. E europeus. E cidadãos do mundo. Porque as injustiças sempre existiram e duvido que algum dia terminem.
Não considero que tenha falta de consciência ou que desconheça outra realidade ou caminho a seguir, como refere no seu comentário. Aliás, tudo o que escrevi, fi-lo em consciência. Sei que existem outros rumos que as pessoas podem optar por tomar (o que conseguem alterando as suas convicções políticas, como parece fazer crer). O certo é que cabe a cada um escolher o rumo que quiser. E eu entendo que a optimização das minhas oportunidades futuras e da minha qualidade de vida aqui nos Açores não passa por uma governação socialista.
Sim, porque era aos Açores que me estava a referir. Os dados que possuo e os números que vejo (e aos quais me referia) são exclusivos da Região Autónoma onde resido. E posso dizer com toda a propriedade que sim, que nos últimos 16 anos de governação socialista houve mais cargos para os "meninos" do que alguma vez em toda a história da nossa autonomia. Se se der ao trabalho de pesquisar, verá que os nomes são sempre os mesmos, os cargos é que são rotativos...
O facto de termos convicções políticas diferentes não lhe dá o direito de me atacar, nem me concede a possibilidade de lhe impor a minha opinião. O Jorge leu e não gostou. Eu mantenho o que escrevi. Respeitemo-nos mutuamente.
Quando mais não seja em nome da democracia...
A quem possa interessar: a minha resposta está cheia de erros, mas a culpa é da hora. ;)
EliminarEu respeito as opiniões. O problema é que até sinto pena das pessoas. Acredite que não conhecem outra realidade, outros sistemas, alternativas perfeitamente viáveis que se forem executadas em nome do Povo, melhorarão a vida de todos.
EliminarDiz que conhece essas realidades, mas continua a balançar como um pêndulo entre PS e PSD, como muita gente tem vindo a fazer.
O problema é que o PS não tem sido PS. Sócrates, Césares e tachos não são compatíveis com a missão de um partido socialista... Se tiver abertura de mente, verifique os vários sistemas dos países mais avançados e verá como afinal, um sistema social é indispensável à nossa sociedade e ´traz mais benefícios do que prejuízos.
Por exemplo, faz-lhe confusão que na Áustria construam prisões de luxo para os presos não faz? Aqui jamais fariam isso.
Faz-lhe confusão que nos países nórdicos tenham salas de luxo para os drogados se injectarem, para consumirem drogas, não faz? Pois é, mas é assim que se tratam os membros da sociedade, se é que pretendemos recuperá-los e evitar que nos afectem e tornem essa vida em sociedade num inferno.
Fala dos rendimentos mínimos, mas parece desconhecer o conceito de "procura induzida" provocada pelo Estado e através da qual os capitalistas tiveram lucros fabulosos durante anos (o Estado dá às pessoas - as pessoas consomem e o dinheiro vai para as empresas...já pensou nisso???) Da mesma maneira que o Estado andou estes anos todos com os senhores das empresas às costas, provocando um procura fictícia, percebe? Para isso, para provocar essa procura, ou ia ao bolso das pessoas (impostos) e das empresas ou então endividava-se. Como o esforço fiscal atingiu níveis insuportáveis, o Estado teve que se endividar...é simples...
Mas os investidores ganharam com isso e afinal, são alguns milhares de rendimentos mínimos que nos deitam abaixo? não se engane...Quanto mais se embrenhar na economia e finanças públicas mais verá os erros que foram feitos. PS e PSD?? Ambos errados e ambos dão tachos. Desde o Cavaco nos anos 90, a durão Barroso, com Guterres e Sócrates à mistura e agora, a cereja no topo do bolo, temos os salteadores do Coelho (uma peça que conheço há mais de dez anos) e o seu pau mandado, o Relvas. Gostam muito de criar empresas (para produzir?!? Agora!) para sugar subsídios, subvenções, etc ....o que vier à rede...vá ver o histórico do Passos Coelho e os processos que tem (as empresas dele têm) em tribunal e depois falamos.
Mas voltando ao que dizia em cima, já reparou que o rsi até beneficia as empresas..? É engraçado não é...? :)
E podia ficar aqui o dia todo a martelar no teclado com as vantagens que os empresários andaram a ter durante anos e anos com o Estado. ´Claro que nos últimos anos, houve negociatas catastróficas como as SCUTs, energia eléctrica, escolas, etc...
E palhaços como o Bava ou o Mexia (já não me lembro qual foi) ainda são eleitos CEO do ano...enfim....gajos que não produzem nada. Tal como os bancos, a bolsa e outras empresas que nada produzem e são monstros sugadores de dinheiros públicos (EDP, PT, RTP, REFER, Metro do Porto e de Lisboa, etc, etc,...)
Ao mesmo tempo, temos empresários que produziam e eram responsáveis e que agora vêm levar por tabela...levam com a crise financeira, ficam sem crédito, mas o Estado ajuda os bancos...o rsi ao pé disto não é nada...
Mas como disse no primeiro comentário, Portugal há-de ser sempre um país pobre enquanto não for orientado convenientemente e enquanto não tiver um povo que acorde e seja educado para o bem comum, para a sociedade de entreajuda. Tanto nos políticos como na população, não existe um sentimento de bem comum como existe noutros países e enquanto for assim, não haverá esperança para este país. Tinha de morrer e nascer duas vezes, como dizia o outro...e mesmo assim não era suficiente.
Permita-me que lhe dê os parabéns, caro Jorge. Parece ser possuidor da fórmula para salvar o país. Receba este conselho: candidate-se a um cargo onde possa colocar as suas teorias em prática. É que das palavras à acção... vai um longo caminho!
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