Hoje celebramos o 1º dia do Verão. Por aqui está um dia lindo! E uma pessoa fechada no escritório...
Pelo menos já pus as patinhas de fora - com sandálias e não apenas peep-toes (embora a pedicure consista apenas numas unhas limadas e limpinhas, ainda sem cor).
Hoje de manhã quando li a palavra "solstício"na página do Google, lembrei-me imediatamente dos Maias e da minha viagem ao México. Um dos sítios onde não podíamos ter deixado de ir era, obviamente, às pirâmides de Chichén-Itzá. Devo confessar que toda eu transpirava, o sol estava fortíssimo naquele dia e até tive que usar uma écharpe muito fininha para tapar os ombros, que, embora com protector 50, teimavam em permanecer VERMELHOS. E pingava de suor, pingava...
A Riviera Maya é linda, mas este sítio em particular fascinou-me. Se calhar pela minha paixão por História. Para ajudar à festa o nosso guia era fantástico. Mexicano (descendente de aztecas), tinha vivido muitos anos no Brasil e tinha, por isso, uma mistura de sotaques deliciosa. E era, sem dúvida, o melhor contador de histórias que alguma vez conheci.
Tenho lá em casa uma filmagem do Agostinho (era o guia) a contar a história do templo de Kukulcán e da sua ligação com o sol. O homem fez contas de cabeça com aqueles degraus e as cabeças das serpentes que nós só abríamos a boca para dizer "Ohhhhhh!". Às tantas, qual professor de Matemática, já nos fazia as perguntas e nós respondíamos com os números certinhos.
Como é óbvio, já não consigo reproduzir um terço do que ele explicou, mas lembro-me dos seguintes números: 4, 9, 11, 21 (têm a ver com faces, degraus e colunas), 365 (dias no ano), 280 (número de dias de uma gestação humana)... Estava tudo inter-ligado de uma forma que vocês nem imaginam!
Bati palmas a 1 km de distância e ouvi o eco delas ressoar por 4 vezes (uma por cada face da pirâmide).
De uma coisa tenho a certeza: os Mais eram mais inteligentes que os cientistas da NASA!
Para quem tem curiosidade, pode fazer uma visitinha à Wikipédia, que foi de onde tirei a seguinte informação. Acho que dá para perceber pelo menos alguma coisinha...
Aqui fica:
Templo de Kukulcán - O seu desenho tem uma forma geométrica piramidal, conta com nove níveis ou patamares, quatro fachadas principais cada uma com uma escadaria central, e um patamar superior terminado por um templo. Nesta construção rendeu culto ao deusmaia Kukulcán ("Serpente Emplumada" na língua maia). Conta também com motivos que simbolizam os números mais importantes utilizados no calendário Haab (calendário solar agrícola), o calendário Tzolkin (calendário sagrado) e a roda calendárica. Cada uma das suas faces alinha-se com um dos pontos cardeais.
O alinhamento da construção da pirâmide permite observar diversos fenómenos de luz e sombra, os quais ocorrem cada ano no seu próprio corpo durante os equinócios e solstícios. Assim, as grandes esculturas de serpentes emplumadas, que guarnecem a escadaria Norte, devido à forma como as suas sombras se projetam, parecem mover-se durante os equinócios da primavera e do outono.
O templo de Kukulcán conta com quatro escadarias, cada uma delas tem 91 degraus, desta forma somam 364, que somadas ao patamar do topo, comum às quatro escadas, dá um total 365 unidades que representam os dias do Haab.
Assim, e de acordo com calendários utilizados pelos maias, pode-se deduzir que a pirâmide não somente está dedicada ao deus Kukulcán, mas também observa a conta do tempo dando particular relevância aos seus ciclos.
Eu e maridão junto a uma das pirâmide de Chichén-Itzá.
Aqui a je no topo da mesma.
Maridão (cheio de vertigens) preferiu ficar no chão e posou junto ao Templo de Kukulcán. Aqui parece uma pirâmide pequenina, mas é gigantesca!