quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Big mistake

Hoje de manhã bebi um café.
Não auguro nada de bom.


quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A amizade no feminino




Por estas e por outras é que sempre me dei melhor com os rapazes...


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

É tudo uma questão de prioridades!

Puta que os pariu, é o que eu digo!
Andassem como eu numa casquinha de noz a cair de podre e já era muito bom!
**da-se!




Ministério das Finanças impede Justiça de comprar carros usados

20.11.2012


A Agência Nacional de Compras Públicas (ANCP), organismo tutelado pelo Ministério das Finanças, impediu a Justiça de comprar carros em segunda mão para renovar uma pequena parte da frota, que tem uma média de dez anos. A ideia do secretário de Estado da Administração Patrimonial da Justiça, Fernando Santo, era comprar viaturas com menos de quatro anos e número reduzido de quilómetros, mas esbarrou com o parecer negativo da ANCP, entretanto fundida num novo organismo, a Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública.


O Ministério das Finanças, liderado por Vítor Gaspar, recusou a compra de carros usados, impondo a reconversão do concurso num procedimento para adquirir viaturas novas. "O parque de automóvel do Ministério da Justiça é composto por 1635 viaturas com uma média de dez anos e 206.180 quilómetros. A sua avançada degradação leva a custos de manutenção excessivamente elevados (cerca de dois mil euros por ano e viatura)", contabiliza o ministério num documento oficial. 

"No total, a manutenção e o consumo de combustíveis custa ao ministério cinco milhões de euros por ano. Perante esta situação, o ministério propôs renovar a frota automóvel, recorrendo a uma modalidade de aquisição de viaturas usadas com três a quatro anos e baixa quilometragem, subscrevendo simultaneamente contratos de manutenção para as mesmas", refere o mesmo dossier. 

O objectivo para este ano era renovar 10% da frota, num investimento de três milhões de euros. Mas ficou pelo caminho. "Foi ainda iniciado um concurso para aquisição de viaturas usadas, num investimento de 1,7 milhões de euros. Contudo, o procedimento obteve parecer negativo da ANCP pelo facto de o Ministério da Justiça pretender viaturas usadas, estando em preparação um concurso pelo mesmo valor para a aquisição de viaturas novas", explica igualmente.

Fernando Santo confirma esta situação, mas diz que foi obrigado a resignar-se face à decisão das Finanças. "A aquisição suscita questões em termos de aplicação das normas do decreto-lei de execução orçamental de 2012, e do Código dos Contratos Públicos", justifica o ministério de Vítor Gaspar numa nota enviada ao PÚBLICO. Continua, sustentando que não ficou demonstrada a "vantagem económica e financeira na aquisição de veículos usados em detrimento de veículos novos". Isto porque, ao optar-se pela compra de viaturas em segunda mão, não se aproveita "a grande capacidade negocial que a Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública tem na aquisição de veículos novos com preços bastante mais competitivos comparativamente com qualquer outra entidade". 

As Finanças argumentam ainda que com este tipo de aquisição não seria possível desenvolver procedimentos centralizados, o que tornaria o processo de compra moroso. "As aquisições seriam "veículo a veículo", excluindo assim a hipótese de compra em volume com agregação de necessidades, com as inerentes perdas de capacidade negocial e de economia de escala", lê-se na resposta. 

Fica sem se perceber uma norma do decreto-lei que as Finanças invocam, que prevê expressamente que "a substituição de veículos com mais de dez anos, com elevados custos de manutenção ou em situação de inoperacionalidade e cuja reparação ou recuperação não se afigure técnica ou economicamente vantajosa, poderá efectuar-se por recurso à aquisição de veículos usados com idade entre os três e quatro anos, menos de 60.000 quilómetros e que apresentem bom estado de conservação". 

PJ gasta 1,3 milhões em novas viaturas

Os gastos com viaturas previstos para o Ministério da Justiça no próximo ano incluem a aquisição de novos carros para a Polícia Judiciária (PJ), uma operação em que o Estado prevê desembolsar à volta de 1,3 milhões de euros. Espera-se ainda a conclusão do concurso de aquisição de 42 viaturas celulares destinadas aos serviços prisionais, iniciado em Abril. "Este concurso já foi adjudicado, tendo, no entanto, sido interposta uma providência caitelar com um concorrente excluído", informa a tutela num documento explicativo sobre o orçamento do sector para o próximo ano. "Aguarda-se decisão do tribunal para dar continuidade ao processo", completa ainda a informação. Entretanto, continua em curso o levantamento de viaturas apreendidas, passíveis de serem perdidas a favor do Estado, que poderão vir a ser alocadas aos diversos serviços e organismos do ministério. 



Não consigo alcançar...

Alguém me explica esse súbito fascínio do mulherio pelo Adam Levine?





sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Afinal em que ficamos?

Tantas vítimas assumidas, outras tantas a dar entrevistas com distorção de som e de imagem.
Juras a pés juntos; traumas de infância; adolescências conturbadas e vidas marcadas.
Lágrimas na televisão, na polícia e no tribunal. Declarações chocantes. 
A opinião pública revoltada contra os abusadores e consternada pelos abusados.
Uns acusam, outros declaram-se inocentes até à morte.
O "processo Casa Pia" é uma palhaçada desde o início! Muito diz que disse, diz que não disse, fui eu, não foste tu, eu estava, tu estavas, eles foram... Hoje uma conversa, amanhã outra diferente...

Confesso que sempre tive dúvidas em relação à condenação da personagem mais mediática do caso: Carlos Cruz. Não por simpatizar ou deixar de simpatizar com o senhor; não por se tratar de uma figura pública; não porque lhe atribua maior ou menor credibilidade do que aos outros... Algo ali não me cheirava bem, só isso. Nariz de penalista, acho eu...

Aqui há uns meses estava eu na livraria (não... mentira... jura?!) e encontrei numa das estantes um livro da autoria do dito. Desconhecia a sua existência. Sabia que a ex-mulher tinha virado escritora com um livro onde conta o pesadelo que viveu e que a filha mais velha havia feito exactamente o mesmo (há que fazer render o peixe...), pelo que não estranhei que o principal visado quisesse contar a sua versão da história e apelar à sensibilidade do público. O que me  surpreendeu, sim, foi verificar que aquelas linhas não se limitavam a relatar os factos sob o ponto de vista do arguido (entretanto já condenado e actualmente recorrente); as suas alegações estão suportadas documentalmente, com extractos de peças processuais extraídas dos próprios autos.


Só lendo... a justiça portuguesa tem uns meandros que ainda me deixam boquiaberta. A prova já está feita e a decisão tomada muito antes de se iniciarem os julgamentos. Cada vez mais acredito nisso e já o senti na pele (dos meus clientes). Este livro fez-me olhar para o escândalo Casa Pia com outros olhos, agora sob uma perspectiva processual, técnica e baseada em provas escritas. 

A notícia que saiu hoje no Público veio reforçar a minha ideia de que aquele livro deve ser lido por todos. Não nos podemos deixar ficar apenas pelo que foi saindo na comunicação social ao longo destes anos. É que cada vez mais fica a dúvida: afinal quem é que está a mentir?

E não, não sou advogada de Carlos Cruz. Apenas advogo a justiça e cada vez vou advogando menos, na verdade...


quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A culpa não é minha, com certeza!


A propósito do post anterior...
Mia Couto escreve bem, mas não me convence. Peca por generalizar.

Não concordo quando ele diz que os problemas que nos conduziram a esta crise respeitam a uma geração. Dependem sim de cada casa, de cada família. A minha não se enquadra naquele cenário porque:

1. Os meus pais não me educaram, nem ao meu irmão, numa “abundância caprichosa”. Bem pelo contrário. A verdade é que nunca nos faltou nada, mas abundância foi coisa que não existiu e nós tínhamos o necessário e, sobretudo, o possível. Fomos e somos felizes.

2. Nunca tivemos uma semanada/mesada. Se precisássemos de algo, pedíamos. Não berrávamos nem esperneávamos pelo brinquedo X, pelo telemóvel Y, pela Playstation Z. Se os nossos pais nos pudessem dar naquela altura, tínhamos. Caso contrário, esperávamos até poder ser. Ninguém tem traumas de infância por causa disso.

3. Os meus pais ensinaram-nos aos dois, desde cedo, o significado de “trabalho”. Sempre ajudámos, quer nas tarefas da casa (o rapaz dessas safava-se sempre!), quer no minimercado. No Verão, ficávamos lá a ajudar o meu pai de manhã e à tarde é que íamos para a praia. Nada de putos mimados e ociosos a dormir até às 2 da tarde depois de terem passado a noite no Facebook. Hoje em dia, falar-se-ia em trabalho infantil…

4. Eu trabalho desde os 16 anos. Desde essa altura e até acabar o curso e vir de vez para S. Miguel, sempre trabalhei durante as férias de Verão. Todos os anos. Foi com o dinheiro que ganhei que comprei o primeiro telemóvel XPTO que me apeteceu ter. Foi com esse dinheiro que paguei a minha carta de condução. E foi também com esse dinheiro que pude satisfazer os meus caprichos (roupas, saídas à noite…). Se me caíram as mãozinhas? Não!

5. Fui privilegiada por ter podido licenciar-me. Foi com sacrifício que os meus pais me mandaram para Lisboa e lá me mantiveram durante 5 anos. Se fossem outros, poderiam ter dito “podes estudar, só que ficas na Universidade dos Açores”. Sempre lhes saía mais barato. Mas deixaram-me ser o que eu quis. Se hoje tenho o malfadado título de “Dra.” (mariquices!), a eles o devo. Estudei que me matei, é certo. Mas se eles não me tivessem pago o curso, de nada me tinha servido. A gratidão é bonita e eu gosto.

6. “Pagar o curso”, calma aí… Eu contraí, aos 18 anos, antes de ir para a faculdade, um crédito bancário de apoio/incentivo à formação. Para acrescer ao dinheiro que os meus pais podiam dar-me. Quando acabei a licenciatura, tive que começar a pagar o empréstimo ao banco. Quer dizer, portanto, que o curso acabou por me sair do lombo! Morri? Não, estou bem viva e bastante saudável.

7. Hoje em dia queimam-se etapas de crescimento, é verdade. Durante os 4 anos em que dei aulas vi putos com 16 anos, ainda com tabaco no umbigo, a quererem comportar-se como se tivessem 25. Para o mal, que para as responsabilidades eram muito novinhos…! Conclusão: uma acabou grávida aos 18, outros foram desistindo e os restantes por lá vão andando, asneira após asneira, arrastando para ali a sua vidinha até não terem mais idade para estudar e os mandarem para casa. São todos muito espertos e acham-se muito adultos, mas vai-se a ver e as suas capacidades de leitura estão ao nível das de uma criança da primeira classe e escrevem tudo com abreviaturas e “x” em vez de “ss” ou “ç” e dão erros de meia-noite (“iziste” em vez de “existe”; “isemplo” em vez de “exemplo”…). Não sabem quem é o Presidente da República e não acham que o direito de voto seja uma coisa assim tão importante. Resultado: quando eu corrigia testes era um tal pregar riscos a vermelho de cima a baixo; quando os apanhava na conversa sobre a telenovela, levavam com o marcador na cabeça; e quando se punham a olhar para anteontem era um beliscão torcido debaixo da asa. Se eu era má? Deixá-lo ser!

8. Quando eu lhes perguntava por perspectivas de futuro, respondiam-me “Quié iss’ pfssora?”. Uma disse-me uma vez, toda muito senhora de si, que não queria prosseguir estudos, que não queria casar, que pouco lhe apetecia trabalhar e que o que queria mesmo era ficar a viver em casa dos pais e ser sustentada por eles até aos 30, porque era isso que a irmã fazia. Pais como os dela, que admitem tamanho abuso, estão, na realidade, a criar pequenos parasitas, futuros criminosos ou beneficiários de Rendimento Social de Inserção. E nós sempre a pagar! Eu disse-lhe isso na cara e ela arregalou os olhos surpreendida. Como se receber o “rendimento mínimo” fosse alguma coisa errada… Já não muda, aquela.

9. A minha geração também quis crescer à pressa, reconheço. Eu cá acho que vivi tudo no tempo certo. Não fui santinha nenhuma e fartei-me de sair à noite, ir a festas, pintar a manta… Já passou. Isso agora já não me diz nada. Justamente porque o fiz quando era a altura para fazer. Por outro lado, tenho amigos que aos 30/35 continuam a levar uma vida de borga, de copos e de noitadas. Como se não trabalhassem no dia a seguir, nem tivessem filhos para criar. São opções de vida, pronto. Não vale é queixarem-se depois…


Ora, esses jovens mimados e os pais que os mimaram estão à rasca e queixam-se, mas foram eles que provocaram o actual estado das coisas (os políticos corruptos também, mas isso agora não interessa nada…).
Eu, que nunca recebi um subsídio de férias ou de Natal na vida, que pago IVA e faço retenção na fonte, que não esbanjo dinheiro em carros e pós-graduações de merda que só servem para encher papel no currículo, tenho razões para me queixar ou não? 
Os meus pais, que trabalham desde muito novos (o meu pai começou aos 7!), que pagam impostos, que criaram dois filhos como deve ser, que têm que andar atrás de clientes que não lhes pagam os fiados, que têm a casa hipotecada ao banco e que correm o risco de não vir a ter reforma caso a Segurança Social rebente como se prevê, estão ou não estão à rasca?

Desculpem-me a sinceridade, mas apetece-me mesmo é mandar tudo para a puta que pariu!




Geração à Rasca – A Nossa Culpa

[por Mia Couto]

Um dia, isto tinha de acontecer.
Existe uma geração à rasca?
Existe mais do que uma! Certamente!
Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida.
Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.
A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo.
Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.

Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.
Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.
Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.

Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A vaquinha emagreceu, feneceu, secou.

Foi então que os pais ficaram à rasca.
Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.
Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.
São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração.

São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!

A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.

Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.
Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional.
Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.
Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.
Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.
Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.
Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.
Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.

Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração?
Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!
Os jovens que detêm estas capacidades/características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).
Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.

E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!

Novos e velhos, todos estamos à rasca.
Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.
Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles.
A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la.
Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam.
Haverá mais triste prova do nosso falhanço?
Pode ser que tudo isto não passe de alarmismo, de um exagero meu, de uma generalização injusta.
Pode ser que nada/ninguém seja assim.



sábado, 10 de novembro de 2012

De que fruta gostas mais?

Eu vejo a Casa dos Segredos e não tenho problemas nenhuns com isso. 
A quem critica, recomendo a leitura de um post antigo sobre o pseudo-intelectualismo.

Feita a nota introdutória, vamos ao que interessa: o bonzão do Cláudio.
Jesus, que é aquilo?! Uma pessoa dá por si a olhar para a televisão com a boca aberta...
Desde o princípio que o rapaz me deixou atrapalhada porque aquela cara me fazia lembrar alguém e eu não estava a conseguir perceber quem. Um dia fez-se luz. :)

A conversar com Dona CoriscaRuim sobre essa minha comparação, lembrei-me de fazer o mesmo que ela fez aqui (deixas, não deixas?) e assim tirar a prova dos nove.

São ou não são iguaizinhos?







E pelo que corre na imprensa, as semelhanças são mais do que físicas...
É pena. Mas gostar das duas frutas é melhor do que gostar de uma só, ainda por cima da errada.
Eu ia lá.


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